Olá seguidores, estamos de volta com uma entrevista incrível, com o nosso amigo querido Anselmo Quinto, falando um pouco sobre a releitura de músicas da sua antiga banda Alkimia, espero que gostem. Seja bem-vindo Anselmo.
1- O que inspirou a releitura deste CD em particular?
Anselmo: Fala galera, o que me inspirou na realidade é justamente um documento que você tinha de uma banda, de letras, de momentos que você vivenciou naquela época, na década de 80, e que você não tinha condições de registrar aquelas músicas, era muito caro na época, você gravar uma música, então hoje tem uma certa facilidade, eu quis fazer uma releitura daquela época, daquela banda, que foi a primeira banda que eu tive. Então isso me inspirou a fazer essa releitura.
2- Como você se envolveu no projeto e qual foi a importância do seu irmão neste projeto?
Anselmo:Meu envolvimento no projeto, foi uma questão muito pessoal, uma questão muito minha mesmo né, e meu irmão ele sempre estava comigo ali, fazendo as letras e eu fazendo as melodias. E aquilo também nas letras eu mexia, alterava algumas coisas para encaixar na música e também dando uma ideia ne o que aquela música pedia, então o envolvimento no projeto foi inicialmente base todo eu e meu irmão. A gente fazia as melodias ele colocava as letras e aí a gente ia discutindo de que maneira a gente poderia encaixar aquilo na melodia e nas letras também, então esse pontapé inicial com ele, foi muito produtivo, muito prazeroso. Ele no início antes da banda formar, ele tinha bateria e tocava junto enfim. Ficava aquela coisa bem harmônica na parceria.
3- Como foi o processo de gravação do CD? Houve algum desafio em particular?
Anselmo: Ester, na realidade o desafio foram vários. O aprendizado em plena pandemia e aí eu vi a possibilidade de me interar sobre a plataforma, sobre os programas, comprei e investi em mesas de som que pudesse captar os instrumentos, enfim, foi muito grande o desafio, mas também prazeroso porque foi uma descoberta muito satisfatória porque muito lúdico, porque você vai ali aprendendo a lidar com essas ferramentas e tudo aprendendo ali no faça você mesmo.
E procurando e pesquisando no canal de YouTube como fazer isso, como fazer aquilo com a mesa, como encaixar um instrumento, enfim foi muito prazeroso e gratificante, um aprendizado que vou levar para a vida inteira.
4- Como vocês escolheram as músicas para incluir na releitura?
Anselmo: Na verdade a escolha das músicas, já tinha partido lá no repertório da banda alquimia, como já tinha uma ideia de melodia, de as letras também, ela partiu daquela construção, eu alterei em algumas músicas, fiz uns arranjos diferentes, se vocês observarem eu vou compartilhar as músicas em formato original da banda, porque eu tenho isso em material de vídeo. E vocês vão ver que tem umas músicas que não tem nada haver com o original da banda Alquimia, mas tem uma releitura minha em algumas músicas, mas a base basicamente é da banda Alkimia em algumas músicas, enfim, então foi daí que a gente começou a trabalhar.
5- Qual foi o papel dos músicos convidados no projeto?
Anselmo: Bem o papel dos músicos convidados não foram muitos, foram poucos. O pessoal da antiga banda Alkimia, os membros como Delano Martins que era guitarrista, o Emiliano que era irmão dele que era o baixista e o Sérgio Barreto que era o baterista, eles não tiveram participação porque ficou complexo em termos de como participar da construção da música, todos hoje seguem carreiras diferentes, então eu fui fazendo eu mesmo. E enfim agora na música ídolos, eu convidei o Denilson Carreiro para fazer o teclado e fazer algumas inserções musicais e foi um prazer muito grande ter o Denilson ali nos arranjos e a Renata Peres como vocal de Ídolos que também foi sensacional. A Renata ela realmente tem um talento nato e a música ganhou muito com o vocal dela. E a Érica Martins na música Eterno Blues, deu essa contribuição para mim foi muito prazeroso porque é uma artista já conhecida no meio musical, e ela emprestou a sua voz e foi muito gratificante tê-la na composição, no vocal da Eterno Blues.
6- Como você acha que a música Rock evoluiu deste o lançamento original deste?
Anselmo: Bom o Rock n Roll, ele tem nos apresentado de várias maneiras, e o estilo Rock é um estilo que abarca vários gêneros, e ele tem evoluído bastante principalmente nos autorais, e eu acho que a gente tem uma gama grande de artistas autorais, tanto banda quanto individualmente, e eu acho que ainda falta um incentivo maior das mídias tradicionais, para que realmente as pessoas se tornem conhecidas, mas ao mesmo tempo a gente percebe que é o gênero Rock Hoje, se a gente comparar com a década de 80, ele é tudo business, tudo é negócio, então de repente naquela década de 80, o Brasil estava saindo de um regime militar, todo mundo ávido por falar alguma coisa e no Brasil o Rock ainda não tinha essa pegada, aquilo ali foi fantástico, foi um boom. Lógico que depois as décadas seguintes a coisa já se tornou mais acessíveis é business, é negócio. Se o negócio não dá grana a galera que tem para investir caí fora. Mas o Rock tem o seu lugar e publico, eu acho que é aquelas pessoas que curtem Rock nunca vão deixar o Rock ficar de escanteio. Não vou dizer o Rock morrer, porque eu acho uma frase desnecessária, porque a música seja qual for o gênero nunca morre, porque ela fica ali na prateleira esperando o momento correto.
7- Há alguma música em particular que você gostaria de destacar na releitura?
Anselmo: Uma música em particular é um pouco complexo, porque todas essas músicas a gente vivenciou muito, foi muito prazeroso a gente fazer, é naquela época a gente delirava com as músicas nossas né, e na releitura, eu sinceramente é bem difícil destacar alguma música, mas como é uma pergunta que eu acho que tem que ter alguma resposta, eu vou ficar em particular com a versão de Eterno Blues, que foi uma releitura fantástica, um Blues que a gente curtia muito na época, como eu estou te dizendo a gente curtia todas as músicas. Mas a eterno blues era fantástico porque a gente curtia muito essa música, e ainda mais com a participação da Erica Martins nos vocais também foi fantástico, então eu vou nomear a Eterno Blues.
8- Qual a sua mensagem para os fãs que conheceram seu trabalho com a Alkimia e atualmente com a funcionários públicos?
Anselmo: Bom a mensagem que eu acho, que é sonho, se você tem seu sonho de fazer qualquer coisa não desista, então para mim hoje eu ter o trabalho tanto da banda Alquimia, com o meu trabalho solo feito essa releitura e o próprio trabalho da funcionários públicos, é o sonho de deixar registrado alguma coisa naquilo que você acredita né, no caso a música, não importando se vai fazer sucesso ou não, registre alguma coisa que você goste e deixe aí para a prosperidade, porque mais cedo ou mais tarde vai atingir o coração de alguém, a galera vai gostar de algum momento, e você deixou seu registro, acho que isso que é importante, independente de sucesso, até porque na idade que a gente está hoje em dia, o sucesso é uma coisa insignificante, e acho que para mim o que marca é o registro da obra.
9- Como você acha que a releitura do CD reflete a sua visão artística e musical atualmente?
Anselmo: Na realidade, essa visão artística, eu acho que eu aprendi muito porque você vai buscar um certo timbre, um certo acorde musicalmente, uma certa forma de cantar diferente nestas releituras e é um aprendizado, é um conjunto de fatores né de aprendizado, nessa construção desse CD e foi um aprendizado muito bom, porque é uma visão minha, sobre determinadas músicas que eu achava que deveria ter uma conotação diferente tanto na parte de harmonia, como de composição mesmo, então para mim acho que foi um aprendizado.
10- Qual é o sifnificado emocional ou pessoal por trás da escolha de fazer a releitura de músicas deste CD em particular?
Anselmo: Bom o resultado emocional é como eu falei, é a obra registrada, para que a gente deixa o registro da obra, então para mim é muito gratificante, porque eu vivi intensamente a banda naquela época e a gente viu o potencial da banda, e a gente não tinha condições de gravar as músicas, porque era muito caro, era muito difícil, muito complexo. Então emocionalmente é você reviver todo aquele passado, trazendo a memória afetiva, aquele momento que passamos na década de 80. A banda durou 4 anos foi de 90 a 94, então eu acho que foi um momento muito gratificante, eu considero 4 anos completo. Então eu acho que isso foi muito legal para a gente, foi muito gratificante.
Obrigada Anselmo por esta entrevista, toda a equipe do HTDR manda um abraço e agradece pelas sua parceria por tanto tempo divulgando o HTDR on-line e nas lives do insta.
Anselmo: Agradeço ao Rock e suas Vertentes, e por fim obrigado a Ester né, do blog Rock e suas vertentes, pelo convite e dizer que você faz um trabalho sensacional, divulgando os autorais, eu acho que isso é imprescindível né? E que continue nesse seu trabalho, porque eu também acho que é gratificante porque você fala de uma coisa que você gosta e que é verdadeira, então agradecer a você aí Ester, e sucesso também no seu trabalho aí do blog.
Muito massa brother!!!
ResponderExcluirParabéns Geizinha por mais esse belíssimo trabalho, e parabéns ao Anselmo Quinto por tudo que ele representa para o under autoral! O radialista, divulgador, o músico, parceiro e grande amigo!
ResponderExcluirObrigado a Geise Ester. Belíssimo trabalho. Você faz a diferença!
ResponderExcluirShow de entrevista. Belíssima matéria, o autoral agradece!
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