4°Stagio: Já paramos algumas vezes, aí lembro das mensagens de otimismo nas nossas músicas, então me ergo e volto a lutar.


Olá seguidores, sou Ester do Rock e Suas Vertentes e correspondente do programa Hoje também é dia de Rock em Goiás, hoje venho apresentar a vocês a 4° Stagio, banda de Juazeiro do Norte, e hoje o nosso entrevistado é o Ivanildo(Ninja), que vai nos contar um pouc sobre a trajetória da banda, esperamos que vocês gostem da entrevista e até a próxima.

Seja bem-vindo Ivanildo.

-Como se deu o início da 4°stagio?

Ninja: A banda surgiu em 1995 quando um amigo de infância e eu tínhamos o sonho de formar uma banda de Rock e sair por aí tocando, escutávamos rock nacional na época tipo Rpm, Engenheiros do Hawaii, etc.
E já fazíamos as primeiras composições, lembrando que a banda era em outro formato, só quando em 1997 surge o Charlie Brown Jr é que a gente pira no som e começamos a ter essa influência.

-Eu assisti ao papo independente e soube o porque do nome da banda, achei interessante, mais poderiam explicar para os nossos leitores?

Ninja: o nome da banda surge em 2002 diante da oportunidade da primeira apresentação da mesma em um projeto na cidade do Crato chamado PRAÇA VIVA, então a banda não tinha nome, vários nomes foram sugeridos até que eu lembrei que a banda tinha sofrido até ali quatro formações, por isso 4° Stagio, decidimos então colocar em numeral e o Stage vem de um jogo de vídeo game que tinha uma fase chamada de BÔNUS STAGE(risos) então cada formação (fase) um STAGE, por isso 4° STAGIO, se fossemos levar em conta isso o nome da banda seria muito diferente, pois de lá pra cá já passamos por várias formações, não sei nem dizer em qual STAGE estamos(risos).

-Qual o músico/ bandas que o inspira?

Ninja: Para mim foi o Charlie Brown, pois na época que surge a banda Charlie Brown eu já era Skatista, já curtia um punk, então só usei essa influência pra dar uma cara a minha banda, sendo que depois de um tempo fui me influenciando pelo rock nacional em si, e quem tiver a oportunidade de conhecer a banda verá que nossas músicas são variadas e de estilos diferentes, tanto de ritmo quanto de letra dentro do Rock.

-Vocês tiveram apoio de seus amigos e familiares?

Ninja: Sim os amigos sempre iam onde a banda tocava e até ajudavam a carregar os instrumentos (risos), eles participavam de ensaios,faziam a divulgação até de boca a boca, quanto aos familiares a gente sempre escutava que o ritmo não ia dar certo, pois na nossa região o Forró é quem predomina, mais sempre apoiavam.

-Qual foi o show mais desafiador para vocês?

Ninja: Tivemos vários, posso falar de uma maneira geral pois aqui na região quando não é oito é oitenta, falo com relação ao público quando o público não é muito voltado ao metal, era nais o público dos forrozeiros (risos), só que a gente metia a cara e empurrava nosso som guela a baixo, e assim fomos aos poucos conquistando nosso público e espaço.

-Soube que você tem outras duas paixões além da música, que é o Skate e a Capoeira, dois esportes que sempre gostei desde criança, o Skate movimenta o corpo, e conseguimos fazer de uma rua, um corrimão, ou até mesmo uma escadaria um lugar de treino, porque quanto maior é o obstáculo, maior é a força que temos de aprender a vencê-lo e essa sensação de liberdade ao praticante é indescritível, é um amor sem medidas, e sabemos que a capoeira por si já tem uma musicalidade e que trás o resgate de uma história, e de memórias, então me surgiu a seguinte pergunta, em algum clipe da 4° stagio você já uniu estas 3 paixões?

Ninja: temos uma música chamada SUPERAR LIMITES que será lançada logo logo, aí pretendo fazer um clip juntando essas minhas paixões, pois tem tudo a ver com a letra da música que justamente fala de SUPERAÇÃO, o Skate de superar os obstáculos e prosseguir em frente, e a capoeira de se libertar do cativeiro, o cativeiro do eu, de saber cair e saber levantar.

-Como você vê a cena underground e autoral hoje em dia?

Ninja: Crescendo, aqui na minha região, falta mais é união, apesar de ter aqueles que lutam pelo crescimento, mais falta muito ainda.

- O que você acha da presença feminina em shows? Não digo apenas na platéia, mais também executando trabalhos manuais antes dominado por homens, além desses exemplos que citei, a presença também fazendo shows, o que você sente ao ver isso acontecer?

Ninja: A mulher abrilhanta tudo com sua presença, tudo fica mais lindo com elas, acho muito massa quando vejo bandas, artistas solos, mulheres fazendo seu trabalho e até nos ensinando, a presença da mulher em todos os sentidos é indispensável em qualquer circunstância, na plateia fazendo barulho com a gente, nos palcos mandando um som pra gente fazer barulho com elas e na vida, todos os dias.

- Para você qual a chave do sucesso?

Ninja: Primeiro Fé em DEUS, segundo força e garra para lutar, não desistir jamais, seguir em frente com otimismo,reflexão e muita persistência.

-Como você enxerga sua música no panorama musical nacional?

Ninja: Apesar de não sermos tão conhecidos, eu vejo que o nosso som se adaptaria facilmente ao cenário rock nacional, pois as canções falam do cotidiano, sentimentos, protestos e até a crítica ao sistema sem lado político é claro, mais para o lado cômico, é fácil gostar das nossas músicas.

-Quais músicas você recomendaria para quem ainda não conhece o seu som?

Ninja: QUESTÃO DE LÓGICA que inclusive tem um vídeo clip no nosso canal no YouTube 4° Stagio Oficial, e GATA PAIA, essa música fala de um fora que um skatista no caso Eu,levou de uma patricinha na época. (Risos).

-Ringo faz várias campanhas, entre elas o Se toca, Jabá$ta, o que você acha desses incentivos?

Ninja: Muito importante pra toda a cena underground, realmente nos faz independentes, livres de verdade, atitudes como essas nos impulsionam cada vez mais.

-Como surgiu as parcerias com as rádios, o que achou dessas novas oportunidades?

Ninja: Através dos amigos, uma coisa boa em nosso meio é a amizade um ajudando o outro, poderia ser bem melhor, mais em nosso meio tem muita gente boa e de bom coração que sempre ajuda não só as bandas mais toda uma cena.

-Quando vocês compõe as letras para a banda, vocês ficam cantando antes e procurando as palavras que os agradem?

Ninja: Eu componho tudo, letra e música, procuro um tema e escrevo, claro muitas vezes tem que substituir palavras para concordar com a melodia, mais acaba dando certo.

-Quais as características mais marcantes sobre o trabalho de vocês, e como vocês poderiam defini-lo?

Ninja: Som agressivo e suave ao mesmo tempo, deixo o público definir isso, já que a banda tem suas composições bem variadas dentro do rock.

-Falando sobre sonhos, com quem vocês sonham dividir o palco?

Ninja: Seria o Chorão

-Como artista, qual sua maior dificuldade na música?

Ninja: A nossa região, falta de apoio essas coisas.

-Qual foi a fase mais difícil para vocês? Houve algum momento em que pensaram em desistir de tudo?

Ninja: Muitas vezes, 5 integrantes cada um com seus pensamentos, dificuldades, então gera um desgaste, sendo que a falta da fé, a pouca luta faz com que muitos parem na metade do caminho, diante de tantas formações já me deu vontade de acabar, a banda já parou algumas vezes, mais aí lembro da mensagem de otimismo que tentamos transmitir e me ergo, e continuo a caminhada.

-Bom chegamos ao fim de nossa entrevista, e eu gostaria de agradecer você por ter aceitado o meu convite e do Ringo, e dizer que adorei conhecer um pouco da história de vocês, e desejo sucesso.

Ninja: Comentário final
Eu que agradeço a oportunidade rica, pois eu sei que isso vai nos elevar muito, que Jesus o Divino Mestre lhe abençoe sempre.

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